terça-feira, 24 de novembro de 2009

Segundo teste (gramática)

Síntese de conteúdos
1. Sintaxe do verbo “haver"
O verbo “haver” é um verbo impessoal (tendo sujeito nulo expletivo) quando tem o sentido de "existir" e, por isso, usa-se apenas na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Havia muitos problemas; se dúvidas houvesse; haverá muitas estrelas; houve muitas intervenções.
Quando o verbo “haver” se usa com algum auxiliar, é o verbo auxiliar que assume a impessoalidade gramatical. Por isso, também fica no singular.
Exemplos:
Deve haver outros locais. (* Devem haver outros locais)
Vai haver muitas reclamações. (* Vão haver muitas reclamações)

2. Funções sintácticas (sujeito e complementos do verbo)
O cronista escreveu um livro.
O cronista – sujeito simples; um livro – complemento directo.
(teste: para sabermos se é complemento directo, podemos substituir a expressão pelo pronome a/o, ficando “o cronista escreveu-o”.)

A Susana é uma galerista.
Nome predicativo do sujeito (ocorre com verbos copulativos como: ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar…)

António Lobo Antunes e José Saramago têm uma escrita difícil.
A.L.A. e J.S. – sujeito composto; uma escrita difícil – complemento directo.

A editora contou ao escritor os boatos.
Ao escritor – complemento indirecto (teste: para sabermos se é complemento indirecto, podemos substituir a expressão pelo pronome “lhe”/”lhes”, ficando “a editora contou-lhe os boatos”); os boatos – complemento directo.

O cronista esperou pela inspiração.
Pela inspiração – complemento preposicional (ou complemento oblíquo; esta designação é nova, mas não têm de usá-la neste teste). (nota: o complemento preposicional, ou complemento oblíquo, distingue-se do complemento indirecto porque não pode ser substituído pelo pronome “lhe”. Exemplo: *O cronista esperou-lhe).

O crítico interpretou bem.
Bem – complemento adverbial (complemento oblíquo).

O João portou-se mal.
Mal – complemento adverbial (complemento oblíquo).

O Rui foi levado pelo pai; As casas foram assaltadas por um bando; A crónica foi escrita por Pedro Mexia.
Os elementos em itálico são o complemento agente da passiva das frases.

3. Orações subordinadas adjectivas relativas restritivas e explicativas
Perceber a diferença (de sentido e ao nível da pontuação) entre “O João, que é um grande mentiroso, contou tudo à Sara” e “O homem que eu vi é escritor”. A primeira é uma oração relativa explicativa (ou seja, explica a afirmação que temos na oração subordinante); a segunda é uma oração relativa restritiva, restringindo apenas a referência de “o homem”.

4. Vocativo
Saber identificar a função sintáctica do vocativo e saber como aparece na escrita.
Sara, anda cá.
(O vocativo aparece entre vírgulas)

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