quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exercícios

Indique os actos ilocutórios que correspondem aos enunciados que se seguem:
Este filme é interessante.
Que dia é hoje?
Garanto-te que amanhã vamos ao cinema.
Estou-te agradecido pela tua ajuda em todo o processo.
A aula terminou. (professor)
Concordo com o que disseste.
Admito que deveria ter-me esforçado mais.

Nas frases que se seguem, assinale os deícticos:
Começaram o trabalho ontem.
Não saias daí.
Aquele carro é muito grande.
O João já vem ali.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Música

Classes de palavras (de acordo com a nova gramática)

DETERMINANTES
Artigos definidos - o, a, os, as
Artigos indefinidos - um, uma, uns, umas
Determinantes possessivos - meu, teu, nosso, vosso
Determinantes indefinidos - certo, outro
Determinantes interrogativos - qual? , quais?, que?
Determinantes demonstrativos - este, esse, aquele, estas, o mesmo, o próprio, o outro, tal
Determinantes relativos - cujo

QUANTIFICADORES
Quantificadores existenciais - (referem a existência das realidades, mas a quantidade é imprecisa): muito, pouco, tanto, algum, vários, bastante
Quantificadores relativos - quanto
Quantificadores numerais:
cardinais: dez, quinze, vinte…
multiplicativo: o dobro, o triplo, o quíntuplo…
fraccionário: metade, um quinto, um sexto…
Quantificadores universais (referem a globalidade dos elementos do conjunto): todo, nenhum, qualquer, ambos, cada

NOMES (ou substantivos)
Próprios: Portugal, Maria, Outubro
Comuns: rapaz, cão, país
Colectivos: alcateia, frota, matilha
Contáveis (designa algo que pode ser enumerável): o gato, os gatos
Não contáveis (referem-se a algo que não pode ser enumerável ou em que não se podem distinguir partes): : água, ar, bondade, saúde
Não contáveis massivos - (o que é nomeado pode ser enumerado indirectamente através de uma expressão e é sobre essa expressão que recai a marca do plural) – arroz (Comi arroz. Comi uma colher de arroz. Comi duas colheres de arroz)

ADJECTIVOS
Adjectivos numerais ordinais: primeiro, segundo, terceiro
Adjectivos qualificativos: brioso, bonito, alegre, agradável
Adjectivos relacionais (estabelecem uma relação diversificada com o nome a que se referem - de agente,de posse, de origem…): revolta estudantil; campeonato mundial, governo português. (podem ser substituídos por complemento preposicional: revolta dos estudantes, campeonato do mundo, governo de Portugal)

PRONOMES
Pessoais: eu, tu, ele, nós, vós, me, mim, ti, o, a, os, as…
Pessoal reflexo (tem a função de complemento directo e refere-se ao sujeito): me, te, nos, vos, se,si, consigo (ex. O João magoou-se a si próprio.)
Pessoal recíproco (só ocorre em frases com o sujeito no plural ou composto): nos, vos, se (ex.zangamo-nos, cumprimentámo-nos um ao outro, eles vêem-se um ao outro)
Se impessoal – exprime o sujeito nulo indeterminado (alguém) - (ex. Diz-se que..., aluga-se apartamento.)
Se passivo – partícula apassivante (ex. Venderam-se várias moradias. = foram vendidas)
Se inerente- pronome pessoal que faz parte da sintaxe própria do verbo – ( me, se, te, nos, vos)
Ex. Atrevi-me a falar. Eles riram-se. Eles portaram-se bem
Possessivos: meu, teu, sua, nosso, seus,...
Demonstrativos: este, esse, aquele, o outro, o mesmo, o tal, o
Indefinidos: algum, nenhum, tanto, outro, muito, pouco, todo, qualquer
Interrogativos: Qual?, Quanto?, Que?, O quê?, Quem?
Relativos: o(a) qual, os (as) quais, que, quem

VERBOS
Regulares: (o radical não se altera): cantar (canto, cantavas, canto, cantaremos…)
Irregulares (a flexão não respeita o modelo de conjugação a que pertence): dizer (digo, dizias, digam,diremos)
Formas verbais supletivas (formas que não seguem o radical principal do verbo, são flexionadas a partir de outros radicais, aos quais a conjugação desse verbo recorre): ser (sou, fui)
Defectivos- ( têm uma conjugação incompleta): demolir, falir
Defectivos impessoais (só se flexionam na 3ª pessoa): nevar, chover…
Defectivos unipessoais ( só se flexionam na 3ª pessoa do sing. e plural e exigem um
sujeito específico): miar, cacarejar…
Intransitivos: cair, passear,...
Transitivos directos: comer, ler, beijar,...
Transitivos indirectos: obedecer,...
Transitivos directos e indirectos: prometer,...
Transitivos-predicativos: (seleccionam predicativo do complemento directo): achar, considerar
Copulativos: ser, estar, parecer, ficar, permanecer…
VERBOS AUXILIARES
dos tempos compostos – ter ou haver (+ Particípio Passado)
da passiva – ser (+Particípio Passado)
Valor
- temporal – haver de ou ir (+ Infinitivo)
- aspectual – estar, ficar, continuar, andar, ir, vir (a + Infinitivo.ou Gerúndio);começar a (+ Infintivo);
- deixar de, acabar de (+ Infintivo)
- modal – dever, ter de (+ Infintivo); - poder (+ Infinitivo)

PREPOSIÇÕES E LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
a, ante, após, até, com, de, desde, em, entre, para, perante, sem, sob, - abaixo de, acerca de, a fim de, além de, antes de, atrás de, em vez de, para com, perto de, por cima de, por entre….

ADVÉRBIOS
Advérbios de predicado-
com valor de tempo: agora, ainda, amanhã, antes, cedo, tarde…
com valor de lugar: abaixo, acima, adiante, aí, atrás, lá
com valor de modo: assim, bem, depressa, devagar, amavelmente…
Advérbios de frase: certamente, efectivamente, felizmente, possivelmente, realmente…
Advérbios conectivos: assim, contrariamente, consequentemente, nomeadamente, primeiramente, primeiro,
seguidamente, porém, todavia, contudo, portanto…
Advérbio de negação: não
Advérbio de afirmação: sim
Advérbios de quantidade e grau: bastante, mais, demais, excessivamente, demasiado, menos, muito, pouco,tanto, tão…
Advérbios de inclusão: até, inclusivamente, mesmo, também
Advérbios de exclusão: apenas, exclusivamente, senão, só, somente, excepto, salvo, unicamente
Advérbios interrogativos:
de modo: Como?
de causa: porque?
de lugar: onde?, aonde?, donde?
de tempo: quando?
Advérbios relativos: onde, como
Locuções adverbiais: a cada passo, às direitas, com certeza, em silêncio, a custo, no entanto, por conseguinte, sem dúvida, de novo, em geral…

INTERJEIÇÕES E LOCUÇÕES INTERJEITIVAS
ai!, ui!, ah!, olá, caramba!, meu Deus!, bravo! Socorro!

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS
Coordenativas copulativas: e, nem, nem...nem, não só…mas também
Coordenativa adversativa: mas
Coordenativas disjuntivas: ou, ou...ou; quer…quer; ora...ora; seja...seja
Coordenativa conclusiva: logo
Coordenativas explicativas: pois, porquanto
Subordinativas causais: porque, que, visto que, já que, pois que, dado…
Subordinativas temporais: quando, enquanto, antes que, logo que…
Subordinativas condicionais: se, a não ser que, desde que, excepto se…
Subordinativas consecutivas: que, (de tal modo) …que, (tão) …que, (tanto)…que…
Subordinativas comparativas: como, assim como…assim, tão…como,..
Subordinativas concessivas: embora, conquanto, ainda que, se bem que, nem que…
Subordinativas finais: para que, a fim de que…
Subordinativas completivas: que, se, para

Teste (texto lírico)

Poema "Pequena elegia chamada domingo"

1.ª versão
Interpretação
1. Divida o poema em partes. Justifique a sua resposta. (igual à 2.ª versão)
O poema pode ser divido em duas partes. Na primeira, que corresponde à primeira estrofe, o sujeito poético fala de um tempo que passou (os verbos estão no pretérito imperfeito), um tempo em que o "tu" estava presente; na segunda parte (segunda estrofe), introduzida pelo deíctico temporal "hoje", o sujeito poético fala de um tempo em que o "tu" já não está presente.
2. Retire da primeira estrofe do poema dois deícticos pessoais. (1)
"Tuas", "meus".
3. O sujeito poético refere uma mudança provocada por um acontecimento.
3.1. Com base numa interpretação global do poema, diga qual foi esse acontecimento.
Esse acontecimento terá sido uma separação e o afastamento do "tu"; o tom da segunda estrofe, um tom elegíaco, reflecte esse acontecimento.
4. O sujeito poético não expressa a oração subordinante para a oração condicional que surge no parêntese do poema. De acordo com o sentido do poema, sugira um verso com a oração subordinante.
(exemplo) Eu voltaria a ter a natureza ao pé de mim.
5. Retire do poema uma figura de estilo e indique o seu valor expressivo. (igual à 2.ª versão)
Nos vv. 13-14, encontramos o polissíndeto. A repetição de conjunções traduz melhor a ideia de que o "tu" representava muito para o sujeito poético, trazendo até ele muitas coisas (montes, nuvens, rios).
6. Comente os efeitos que a presença e a ausência do «tu» têm no sujeito poético. (igual à 2.ª versão)
Com base numa leitura global do poema, poder-se-á dizer que a presença e a ausência do "tu" determinam o modo como o sujeito poético percepciona a natureza. Na sua presença (primeira estrofe), o sujeito poético sente a natureza mais próxima de si. Na segunda estrofe, o segundo momento do poema, a natureza fica distante («Os montes estão distantes...», v. 17). No entanto, é possível encontrar no poema uma ambiguidade relativamente ao que a natureza significa. De facto, na primeira estrofe, a natureza parece estar / ser o corpo do "tu"; na segunda estrofe, a natureza deixa de estar no "tu" (o sujeito poético coloca a possibilidade de o "tu" vir sem a natureza).

Funcionamento da Língua
1. Classifique as orações que se encontram nos dois versos: «[era] Uma coisa tão pequena / que cabia inteirinha nos teus olhos.» (vv. 2-3)
oração subordinante (v. 2)/ oração subordinada adverbial consecutiva (v. 3).
2. «(Se ao menos elas viessem […])» (v. 12). Releia o poema e substitua, neste verso, o pronome pelo antecedente.
"As mãos"
3. Reescreva as frases apresentadas substituindo apenas as expressões sublinhadas por pronomes:
a) Eu vou dar o jogo à Sara. (eu vou dá-lo à Sara)
b) Eu vou dar o jogo à Sara. (eu vou dar-lho)
c) Nós queremos o debate. (nós queremo-lo)
d) Eu darei um recado ao José. (eu dá-lo-ei ao José)
e) Eu daria um recado ao José. (eu dá-lo-ia ao José)
f) Eu daria um recado ao José. (eu dar-lho-ia)
4. Indique a função sintáctica das expressões sublinhadas nos versos seguintes:
«Nas tuas mãos / estavam os montes os rios /e as nuvens
Os montes os rios / e as nuvens - sujeito composto.
Nas tuas mãos - predicativo do sujeito.

Expressão escrita
Pergunta de resposta aberta. Produção de texto.

2.ª versão
Interpretação
1. Divida o poema em partes lógicas. Justifique a sua resposta. (igual à 1.ª versão)
2. Retire da segunda estrofe do poema um deíctico pessoal e um deíctico temporal.
"meus", "hoje".
3. Tendo em conta a mudança que é referida no poema, explique a utilização do advérbio “apenas” (v. 15).
A utilização do advérbio reforça a ideia de que, no presente ("Hoje"), o sujeito poético vive o domingo e percepciona a natureza de forma diferente, sem a presença do "tu", cujas mãos já 'não vêm'.
4. De acordo com o sentido do poema, sugira um verso com uma oração subordinada causal que pudéssemos acrescentar a estes dois versos: «O domingo está apenas nos meus olhos / e é grande» (vv.15-16).
(exemplo) Porque tu não estás aqui
5. Retire do poema uma figura de estilo e indique o seu valor expressivo. (igual à 1.ª versão)
6. Comente os efeitos que a ausência do «tu» tem na forma como o sujeito poético percepciona a Natureza. (igual à 1.ª versão)

Funcionamento da Língua

1. Classifique as orações que se encontram nesta frase: Embora o domingo esteja nos meus olhos, eu penso em ti quando quero.
Embora o domingo esteja nos meus olhos - oração subordinada adverbial concessiva; eu penso em ti - oração principal; quando quero - oração subordinada adverbial temporal.
1.1. Substitua a expressão “embora” por “apesar de…” e reescreva a frase procedendo às alterações necessárias.
Apesar de o domingo estar nos meus olhos, eu penso em ti...
2. Reescreva as frases que se seguem substituindo as expressões sublinhadas por pronomes: (2)
a) O João vai dar o jogo à Sara. (o João vai dá-lo à Sara)
b) O Rui vai dar o jogo à Sara. (o João vai dar-lho)
c) Eles exigem o debate. (eles exigem-no)
d) Tu darás um recado ao José. (tu dá-lo-ás ao José)
e) Tu darias um recado ao José. (tu dá-lo-ias ao José)
f) Vós veríeis o filme. (vós vê-lo-íeis)
3. Indique a função sintáctica das expressões sublinhadas no v. 15:
«O domingo está apenas nos meus olhos.» (1)
O domingo - sujeito
nos meus olhos - predicativo do sujeito.

Expressão escrita
(igual à 1.º versão)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Apresentação de um livro de Álvaro Arranja


Dia 20, pelas 17h, na Biblioteca da Escola. O Francisco Costa (10.º B) vai fazer algumas perguntas ao autor. Apareçam!

As perguntas do Francisco foram:
1. Na sua opinião, o que explica que Setúbal tenha sido um foco dos movimentos revolucionários, no final do séc XIX / início do séc XX? A cidade tem algo de especial?
2. O proletariado tinha consciência ideológica, ou apenas se filiava a movimentos revolucionários à espera de melhores condições de vida?
3. O que aconteceu ao movimento anarquista, ou melhor, anarco-sindicalista, em Setúbal, entre o período falado no livro e a actualidade?
4. No livro, apresenta alguns jornais como A Batalha (CGT), O Trabalho (socialista) e o Germinal (anarco-sindicalista). Acha que a "rivalidade" gerada entre estes jornais era uma forma de controlar o pensamento, ou melhor, as convicções políticas, ou as ideias dos operários setubalenses era suficientemente fortes para não serem alienáveis?
5. Os militantes anarco-sindicalistas e socialistas expressaram o seu contentamento para com a revolução republicana, dizendo que seria "um passo em frente"(O Trabalho, 16.10.1910). Não acha que a luta destes movimentos foi cessada aquando do começo da I República?
6. Após a revolução militar de 1926, e com a instauração da censura, os jornais de ideais revolucionários, ou mesmo republicanos mais à esquerda (como o jornal O Setubalense) diminuíram a sua actividade, até esta cessar. Acha que os dirigentes e o redactores destes jornais deixaram a vida política, ou mantiveram a sua actividade, de forma secreta (ou menos falada)?
7. Segundo a imprensa da época, o Gen. Gomes da Costa, quando organizou e encabeçou a revolução de 1926, não tinha intenção de instaurar uma ditadura militar, como aconteceu. Segundo a imprensa, o general foi corrompido pelo”reaccionarismo monárquico” (Voz Sindical 20.6.1926). Concorda com tal interpretação?
8. Durante o único governo claramente de esquerda, que esteve no poder entre 1924/25, Domingues dos Santos, presidente do ministério, aplicou uma grande reforma ao sector bancário, com vista a prevenir a especulação, e, assim, o lucro fácil por parte dos “ricos”.Que respostas foram dadas pelas organizações representantes das “forças vivas”, como, por exemplo, a UIE?
9. Jaime Rebelo, militante anarco-sindicalista, cortou a sua própria língua, temendo revelar os segredos das forças revolucionárias de que fazia parte aos seus captores. Este é um exemplo isolado ou podemos generalizar esta garra à maioria dos militantes anarco-sindicalistas da época, ou até mesmo à maioria dos revolucionários?

sábado, 1 de maio de 2010

Feira do Livro de Lisboa


Até 16 de Maio no Parque Eduardo VII.
 
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